terça-feira, 26 de maio de 2009

Cartaz - Assembleia Geral e a Desconstrução

Assembléia Geral
e a Descontrução
Foi realizada, dias 14 e 15 de maio, a Assembleia Geral Extraordinária dos alunos de nossa Faculdade, associados ao Centro Acadêmico XI de Agosto. Na ocasião, pôde-se presenciar mais um exemplo da irresponsabilidade e falta de seriedade na conduta dos grupos políticos da São Francisco que atuaram com o objetivo de mera desconstrução. Destacamos as seguintes complicações:

· Convocação da Assembleia feita às pressas, no dia anterior à sua realização. A justificativa da necessidade de um posicionamento imediato - sendo que as questões sobre uma possível mobilização dos estudantes já vinham de tempos anteriores - só aumenta a gravidade da postura despolitizadora da Diretoria do XI, que não buscou e não tem buscado a construção de uma opinião com os alunos que passe pelo esclarecimento das pautas estudantis, optando exclusivamente pelo conflito com o Diretório Central dos Estudantes (DCE).
· Objetivos da AGE não definidos na Convocação da Assembleia, informando esta apenas que trataria da participação do XI de Agosto no Comitê de Mobilização da Greve, sem as explicações necessárias, tampouco delimitação dos temas a se deliberar. Sem pauta alguma, não se teve a devida informação sobre quais pontos seriam abordados durante a Assembleia, impossibilitando a preparação dos alunos, e ocasionando uma condução que, sem foco, recaiu sobre aspectos procedimentais de tal modo que os presentes apenas deliberaram sobre as propostas apresentadas sem qualquer oportunidade de debater o assunto.
· Parcialidade da mesa, que, em uma Assembleia pautada pela divergência entre o posicionamento da Diretoria do C.A. XI de Agosto e o do Diretório Central dos Estudantes, tendo a Diretoria do XI optado pelo ataque direto ao DCE e pelo cerceamento do espaço aos seus representantes.

Diante de tais circunstâncias, por si só alarmantes, criou-se um espaço onde reinou o debate sem sentido, destrutivo, fomentado por questões pessoais e picuinhas partidárias. Espaço onde não se pôde discutir os questionamentos centrais que caberiam à Assembleia, dominando uma disputa de discursos vazios, estimulada pela postura autoritária da mesa.

Posturas como estas, recorrentes na política estudantil, não permitem a construção de uma ação política séria e comprometida. Sem espaço para um debate de idéias, despolitiza-se e perde como um todo o Movimento Estudantil.

Por fim, o Grupo Paradigma esclarece que, diante das condições colocadas pela Diretoria do C.A. XI de Agosto – com uma convocação apressada, não permitindo o conhecimento da pauta a ser debatida e, consequentemente, a nossa preparação para o debate - somada à sujeição acrítica e politiqueira de determinados grupos políticos presentes nessa, optou por não levar à Assembléia proposições apressadas e inconseqüentes. O Paradigma reiterou a sua opção de não atuar nas Assembléias do C.A. XI de Agosto em bloco para impor derrotas a este ou aquele grupo político, pois entende que comportamentos como esse apenas afastam os estudantes de qualquer participação política. Deste modo, acreditamos que é papel dos grupos políticos e dos representantes dos estudantes, tais como C.A. XI de Agosto e DCE, exercer um papel de fomento e mediação das discussões, para que se possa construir uma atuação política estudantil forte, coesa e responsável. Infelizmente não foi isso que assistimos nesta última Assembléia ocorrida em nossa Faculdade.
GRUPO PARADIGMA

 

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