quarta-feira, 24 de março de 2010

Texto - O futuro do Porão do XI

Desde a reforma feita no Porão, em julho do ano passado, a gestão evita o diálogo com os alunos para tomar suas decisões. Ignorando seus próprios princípios, invocam suas competências para assinar contratos. Atualmente, não há certeza entre os franciscanos dos termos das negociações com os locatários antigos. Houve, ou não, e como ocorreu, a abertura para Alemão e Sheilinha cobrirem a nova proposta?
Não é admissível que a gestão do Centro Acadêmico tome suas decisões às escuras e oculte informações aos associados. Era imperativa a renegociação dos contratos do Porão. Se a gestão tivesse apresentado isso à Faculdade, esses termos seriam discutidos, levantando-se, inclusive, a hipótese de encerramento do vínculo com os atuais locatários para que houvesse essa discussão entre os alunos. Não haveria prejuízo à negociação, a partir da decisão dos alunos sobre os termos a se buscar poderia ser aberta concorrência no mercado da mesma forma.
Diante do modo desastrado da negocição, a ação de depejo não foi diferente. O pedido liminar não foi aceito a princípio, feito pedido de reconsideração, requereu-se a concessão liminar do despejo com base na alegação de que a gestão sofria ameaças, usada como prova, inclusive, carta assinada pela “Mão de Deus”, sem qualquer explicação sobre a eventual autoria do texto na petição.
Durante o despejo, posteriormente cancelado em virtude da derrubada da liminar, ficou evidente a incompetência da atual Diretoria do XI. Afastado o sensacionalismo adotado por alguns, de fato a contratação de dois homens desconhecidos, sem qualquer critério, avaliação prévia, de modo irregular e ilegal, é sintomática da dificuldade da atual Diretoria de conduzir os problemas do XI de modo profissional.
Diante deste cenário, o Grupo Paradigma, junto a outros grupos e alunos independentes, requereu a realização de Audiência Pública a fim de cobrar esclarecimentos da Diretoria do C.A., realizada a Audiência na última terça-feira, na Sala dos Estudantes. Contudo, de modo oportunista a gestão do XI convocou duas reuniões abertas às pressas para prestar os esclarecimentos que deveriam ser apresentados na Audiência já programada desde a semana anterior com o claro objetivo de esvaziar o espaço da Audiência. O Plesbliscito para a escolha da nova proposta de locação iniciou-se em sequência, sendo a abertura das urnas realizada paralelamente à Audiência, não posteriormente, como manda a lógica. Tanto as reuniões abertas quanto o plesbiscito são tardios e decorrem da falta de diálogo do grupo gestor, que se perpetua na Diretoria do C.A.
O compromisso com a saúde financeira do C.A. e das demais entidades determina que os termos do antigo contrato sejam revistos. As entidades não podem ter seus repasses comprometidos. É inviável ao DJ e à Casa do Estudante, por exemplo, ter qualquer redução em suas entradas por conta da inadimplência dos locatários. Figuram para o Plebiscito as propostas dos antigos locatários, Sheilinha e Alemão e a de Alberto Mendes.
Independentemente de que proposta seja eleita, é necessário que a diretoria do XI atente para que todos os termos propostos estejam devidamente atendidos no novo contrato celebrado. A implementação de boletos bancários para pagamento, por exemplo, é muito propícia. Tal medida evitaria, por exemplo, que membros da gestão confundissem suas dívidas pessoais com os locatários e o dinheiro do Centro Acadêmico, como acabou acontecendo com a gestão.
Diante da alteração da proposta por parte dos antigos locatários, ambas as propostas estão muito próximas em seus termos e valores. Deste modo, entendemos que é válida a preferência pelos antigos locatários, desde que assegurados todos os novos termos e mecanismos de inibição da inadimplência.
Exigimos da Diretoria do XI diligência na condução dos próximos passos da negociação e da ação de despejo e, acima de tudo, compromisso com os alunos.

 

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