O Grupo Paradigma apresentou, no ano passado, amplo projeto que buscava o apoio de diversos setores à Casa do Estudante. Como afirmamos em nossa proposta, somos contrários à transferência para o Coseas (Coordenadoria de Assistência Social da USP). O próprio CRUSP (Conjunto Residencial da USP), gerido pelo Coseas, enfrenta dificuldades semelhantes. Se a situação já é ruim para o CRUSP, que fica dentro da Cidade Universitária, não poderia ser melhor para a Casa, bem mais distante dos órgãos centrais da USP. A transferência dificultaria ações de melhoria em decorrência da burocratização e do distanciamento da administração. Como se vê, transferir a Casa para o Coseas seria simplesmente fugir do problema, não trabalhar para solucioná-lo.
Em visita à Casa, o Grupo Paradigma pôde testemunhar os esforços da Diretoria da entidade, exemplo de que a administração da moradia estudantil pode ser feita pelos próprios franciscanos. É essencial reaproximar os franciscanos da Casa para que conheçam sua estrutura, suas dificuldades e saibam de que forma o XI de Agosto atua frente às necessidades de um patrimônio tão importante à própria história da Faculdade.
Estamos convictos de que a revitalização da Casa do Estudante está dentro das possibilidades do Centro Acadêmico. Mas para isso o XI não pode se limitar a medidas paliativas. A atuação do C.A. deve se dar por meio de apoio – institucional e financeiro – ao projeto desenvolvido pelos moradores da Casa. E isso significa comunicação e ação conjunta entre as diretorias do Centro Acadêmico e da Casa do Estudante – justamente o oposto da propositura de planos imaturos, sem a necessária participação dos diretamente afetados.