terça-feira, 16 de junho de 2009

Cartaz - Repúdio à Política do Vazio

Repúdio à Política do Vazio
No dia 14 de junho, em Informe Eletrônico Extraordinário, a atual Gestão do Centro Acadêmico “XI de Agôsto” divulgou “Nota de Repúdio à atuação da Polícia Militar na Cidade Universitária no dia 09 de junho de 2009”. Nela, a entidade representativa dos alunos do Largo São Francisco faz considerações sobre um confronto entre manifestantes em passeata no Campus Butantã e a Polícia Militar no Campus Butantã.

A nota aborda o conflito numa forma em que, à primeira vista, propõe-se condenar a ação policial no campus – chamando-a de “desproporcional” bem como “subvertido para o uso de práticas autoritárias” - e acaba em uma crítica superficial, abusando de lugares comuns e de um discurso politicamente correto dos mais pasteurizados possíveis, muito próprio do vácuo que rege o conteúdo político do Movimento Resgate Arcadas.

Mesmo tentando repudiar a polícia, chama os manifestantes de “imprudentes”, tecendo comentários sobre a necessidade de “renovação do movimento estudantil” e “racionalização de suas demandas”. Ainda, fala do uso de “caminhos legais para a retirada da polícia”, em um uso ingênuo do que seria uma atuação político-jurídica, o uso do conhecimento jurídico para agir politicamente, linha de atuação sempre defendida pelo Grupo Paradigma e sempre olhada com desprezo por aqueles que agora parecem querer utilizá-la.

Tal nota é um completo desacerto. E por várias razões. É uma manifestação unilateral da diretoria do Centro Acadêmico. Não houve construção alguma com os alunos, e não só sobre a presença da PM no Campus – já presente há dias no local –, mas sobre toda a greve dos funcionários ou mesmo demandas estudantis, após a seqüência de erros que foi a última Assembléia Geral do Centro Acadêmico em 14 e 15 de maio de 2009. Toda a movimentação no Campus foi completamente ignorada pela Gestão, que falhou ao deixar de informar aos seus associados o que lá se passava.

Pior, ao sair de seu absoluto e conveniente silêncio, o fez sem consultar a qualquer aluno. Para um partido político como o Resgate, que diz defender a “representatividade” por meio da “máxima participação” com urnas no Pátio, tal ação (reiterada diga-se por sinal) demonstra séria incoerência política. Ou talvez apenas coerência com seu principal objetivo: nunca desagradar e não possuir qualquer responsabilidade política sobre as posições que assume enquanto grupo Gestor do C.A. XI de Agosto. A nota então, que “fala muito e diz pouco”, cumpre o seu papel. Professa um posicionamento tão vazio quanto quem diz se posicionar.

Por fim, o Grupo Paradigma se propõe a mais. Ao invés da mera critica a um movimento estudantil que precisa ser renovado, vamos participar de suas atividades. Se for para usar do direito, vamos fazê-lo de maneira concreta, analisando efetivamente as condições e suas possibilidades, não por meio de simples alusões aos mecanismos do Estado de Direito. Afinal, essa idéia nunca deixou de pautar a atuação política do Grupo Paradigma.

Dessa maneira, não só estaremos lá, como também nos comprometemos a informar aos alunos das movimentações ocorridas na Cidade Universitária, por meio de nosso blog. Vamos também explorar e discutir assuntos pertinentes à situação, tanto em seus espectros jurídicos quanto políticos.

Fica o compromisso.


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GRUPO PARADIGMA

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