segunda-feira, 26 de maio de 2008

V Congresso da USP - Assembléia dos Estudantes: definição dos rumos do V Congresso da USP

Assembléia dos Estudantes – 26 de maio de 2008 às 18h50

A Assembléia tem pauta única para a discussão dos V Congresso ante às dificuldades frente a desistência dos funcionários de participarem. Apresenta a necessidade de resolver qual será a papel dos estudantes na semana de 26 a 30 de maio de 2008.

Informes:

Sintusp – Os funcionários não participarão do Congresso, pois não aceitam a liberação só dos delegados. Segundo o representante dos funcionários os trabalhos continuam os mesmos já que com a situação de falta crônica de pessoal os outros ficarão sobrecarregados. Pensou-se na alternativa de paralização ao longo do congresso. Os funcionários disseram que a questão é muito complicada para o próprio profissional que paga o custo de uma greve. Sobre o aspecto político, numa discussão sobre democracia, a reitoria, que simplesmente orienta, gera uma situação desconfortável aos funcionários já que os mesmos não participarão com o mesmo estado de igualdade dos outros setores liberados. A ocupação da reitoria custou muito aos funcionários que agiram em defesa da ocupação sozinhos (DCE e ADUSP abandonaram a organização da Ocupação). Querem participar do debate em condições de igualdade. Essa decisão foi unânime dentro dos setores dos funcionários.

Adusp – Receberam a informação de que o Sintusp não participaria do V Congresso na última assembléia da Adusp. Para eles não há como pensar em Congresso sem uma categoria. Frente a isso a Adusp propôs duas resoluções: a imediata negociação entre a Reitoria e a Adusp; e não dá para ter congresso com a falta de uma categoria, assim, propõe aproveitar a oportunidade criada para um primeiro encontro entre professores e alunos nesse momento e posterior Congresso no segundo semestre de 2008.

APG – Houve uma reunião anterior ao encontro com três deliberações: defesa de encontro entre professores e alunos; manutenção dos delegados; manter o caráter deliberativo do encontro. Ressalta que os professores e alunos não são responsáveis pela escolha da reitoria e, nesse sentido, não há porque desconsiderar todo o esforço já alcançado.

Falas:

“O Congresso está sendo ameaçado pela reitoria da USP”;

“Luta mobilização e discussão deve ser o mote dessa semana”;

“Não há a possibilidade de deixarmos a semana vazia, pois isso é tudo que a reitoria quer”;

“As entidades representativas dos alunos, DCE, e dos professores, Adusp, não apoiaram os funcionários após a ocupação da reitoria da USP”;

“Não é a melhor maneira de combater a reitoria o encontro entre professores e estudantes. É preciso uma semana de mobilização e de luta contra a reitoria”;

“Precisamos fazer um ato de ocupação dos cursos pagos, que continuam funcionando fielmente”;

“É preciso manter os eixos políticos do congresso, já que são eles que qualificam os debates políticos”;

“A reforma do Estatuto está acontecendo sem a presença dos três setores”;

“É preciso levantar as pautas dos estudantes de maneira independente”;

“O governador José Serra é quem é o grande inimigo da Universidade, que já até interferiu em nossa universidade”;

“Não deve ter deliberação, já que faltarão os funcionários. É preciso a discussão com mobilização”;

“Os acordos conquistados na Ocupação da Reitoria de 2007 não estão sendo cumpridos. É preciso defender as conquistas da ocupação: Congresso, Moradia Estudantil e não punição dos alunos envolvidos”;

“É preciso fazer um congresso amplo dos estudantes, independentes, pois só assim vamos mudar a estrutura de poder na universidade. Não há mobilização dos estudantes nessa semana esvaziada”;

“Precisamos apoiar os atos dos funcionários, que sempre nos apoiaram”;

“É preciso exigir da reitoria que os funcionários sejam liberados”;

“Mudar apenas o nome é legitimar uma decisão da reitoria. Discuti sem funcionário é legitimar a exclusão deles”;

“A reitoria liberou apenas 70 vagas para os estudantes vindos do interior, grande fator de desmobilização”;

“Não estão sendo garantindo condições de eqüidade aos funcionários”;

“Devemos participar das lutas do setor mais explorado dessa universidade: os trabalhadores”;

“Para nós funcionários não foi surpresa o que foi feito com os funcionários. Os docentes, em inquérito policial contra os funcionários, negam que participaram e apoiaram a Ocupação da Reitoria”;

“Eu não sou funcionário da USP, sou trabalhador da USP”;

“A gestão do DCE do ano passado pelega que não apoiou a ocupação da reitoria, e a atual que desde o começo do ato quis a desocupação da reitoria”;

“Há dez anos eu grito nessa universidade pelo fim do vestibular. Subverter a ordem é não negociar a democracia. A democracia deve ser conquistada. Nós, funcionários, estamos com a consciência tranqüila e não estamos fazendo o jogo da reitoria. Queremos a verdadeira democracia e não a falsa democracia”;

“Não podemos perder a oportunidade de discutirmos qual modelo de universidade pública nós queremos”

Resoluções Aprovadas:

1) Dada a impossibilidade de liberação dos funcionários, por conta do impedimento da reitoria, os estudantes lutarão pela implementação de um novo congresso com a presença dos funcionários no 2º semestre – Aprovado – Delegado Grupo Paradigma votou a favor da proposta: é inviável a realização do V Congresso sem a presença dos funcionários, não liberados pela reitoria, sendo necessário a luta por um congresso com os 3 setores no segundo semestre.

2) Programação da Semana Formação do Congresso dos Estudantes

Criação de uma Jornada de Lutas – Aprovada

Delegado do Grupo Paradigma – Abstenção: não foi clara a proposta do que seria Jornada de Lutas, ou seja, quais eventos ela conteria, e o objetivo dessa semana é travar uma discussão com os três setores da Universidade.

3) Estruturação da Jornada de Lutas

Primeira Proposta: Piquete/Grupo de Discussão – não deliberativos /Ato

Terça-Feira: Piquete na Reitoria (Manhã - 6h)/GD - Estrutura de Poder (Tarde - 14h)/ GD - Ensino Pesquisa e Extensão (Noite - 18h)

Quarta-feira: GD - Fundações e outros mecanismos de mercantilização da universidade (Manhã - 9h), Financiamento, Acesso e Permanência (Tarde – 14h); Ato de Ocupação de Cursos Pago (Noite - 18h).

Quinta-Feira: Ato com o Fórum das Seis (Centro de São Paulo – Reitoria da UNESP), Debate sobre o Plano de Lutas (Tarde - 14h)

Sexta-Feira: Plenária com os três setores (Tarde – 14h)

Segunda Proposta: Calendário antigo com a troca das plenárias por atos;

Terceira Proposta: Calendário de Lutas sem Grupos de Discussão

Primeira Proposta: Aprovada

Delegado Grupo Paradigma: Votação na Segunda Proposta – possibilidade de aproveitar a estrutura criada, gera espaço para a realização de grupos de discussão entre os Estudantes.

Após esses resultados da Assembléia dos Estudantes pode-se afirmar que termina, sem ter começado, o V Congresso da USP.

Um comentário:

Anônimo disse...

Interessantes essas frases... Algumas são, na verdade, bem pitorescas.
Sou adepta das bases teóricas da esquerda, e por isso mesmo tenho de adimitir que comentários como esse é que a colocam nesse lugar de mediocridade ocupado na América Latina.

 

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